Asterix e sua Motoca. Lições gaulesas de como falar da violência no trânsito


Você conhece a  Shineray ?

Shine-o-que ?

Eu simplesmente não entendi do que as pessoas estavam falando. Em Aracaju, porém, todo mundo sabia. Shineray é um ciclomotor (na verdade, a marca de um fabricante de ciclomotores. Pois é, o mundo não está mais dividido entre Hondas e Yamahas) que em Aracaju e, pelo que soube, em todo Nordeste, vem se transformando na porta de entrada fácil e barata no mundo motorizado sobre duas rodas.

Ciclomotor é uma coisa que deixou de ser bicicleta, mas não chegou a ser motocicleta, coitada, porque seu motor tem menos de 50 cilindradas e sua velocidade máxima é de 50 km/h. Mas isso não passa de uma formalidade dos fabricantes, dos engenheiros e da lei. Pergunte para qualquer menino de 15 anos de idade o que é isso que ele pilota e ele dirá: mo-to-ci-cle-ta. Menor de idade pode pilotar um ciclomotor?? Não, é preciso tirar uma Autorização para Condução de Ciclomotor (ACC), e isso só com 18 anos. É como se fosse uma CNH, com prova e tudo mais, mas não é… É tudo muito estranho… já que o ciclomotor é uma quase-motocicleta, a ACC é uma quase-CNH. Mas que diferença faz, se ciclomotor nem placa tem? Ciclomotor não existe para os DETRANs. Ciclomotor não paga IPVA. O ciclomotor é uma espécie de mula-sem-cabeça do trânsito!

O fato é que o ciclomotor se tornou um brinquedo, caro mas bem acessível, que os pais compram para os filhos adolescentes. É assim em Aracaju e na França, vejam só como é a globalização, onde os pais também são os patrocinadores da disseminação recente dos ciclomotores, de acordo com uma pesquisa inédita da Prévention Routière, publicada no início desse mês.

A pesquisa Les adolescents et la pratique du cyclomoteur (Os jovens e o ciclomotor, arquivo PDF) envolveu jovens entre 14 e 18 anos (na França, o ciclomotor pode ser conduzido a partir de 14 anos) e os pais dos jovens para explorar quem é esse jovem piloto, qual é o papel dos pais no controle do uso e do acesso ao ciclomotor, qual é o uso jovem do veículo e de equipamentos de segurança, e as percepções de ambos, pais e filhos, sobre os riscos do trânsito sobre duas rodas.

Os pais são parceiros do acesso ao ciclomotor e deveriam ser responsáveis pelo controle do uso e pela segurança da garotada. Por isso, os franceses defendem que pais e filhos deveriam ter um “contrato moral” pela segurança – o que é uma boçalidade completa, mesmo porque esses mesmos pais (mais de 1/3 deles) são cúmplices das muitas condutas infracionais desses jovens no trânsito, a começar pelo conhecimento de que seus filhos facilmente “envenenam” o motorzinho do “inofensivo” ciclomotor – qualquer oficina em Aracaju ou em Lyon faz a coisa correr além de 60 km/h e, voilá!, transforma-se essa quase-motocicleta em uma motocicleta de verdade.

Não surpreende que, na França, essa metamorfose venha acompanhada de maiores infrações de excesso de velocidade e avanço de sinal vermelho – também conhecidas dos pais, é claro, e nem por isso suficientes para abalar sua confiança na segurança dos filhos ciclomotoristas. Ao menos, o uso do capacete é praticamente absoluto entre os jovens (97%), de acordo com a pesquisa francesa, enquanto que por aqui é melhor nem comentar.

Quando soube dessa “shineraização” em Aracaju e outras capitais nordestinas, imaginei uma tragédia montante no horizonte. Na França, ninguém mais imagina, todos têm certeza: apenas 10 % dos jovens franceses pilotam ciclomotores, mas esse veículo está envolvido em  59 % dos acidentes com vítimas na faixa etária entre 14 e 18 anos.

Pais e filhos entram juntos nessa e  pagam juntos o preço dessa tragédia que matou 72 jovens em 2008 e deixou outros 5.000 feridos na França, muitos deles incapacitados definitivamente. Essa é a história que a campanha  Mortel Scooter conta de modo emocionante e inovador.

A campanha desenvolve um linguagem poderosa focada no objetivo de  fragilizar o sentimento de invulnerabilidade dos jovens, mostrando-lhes as consequências de seus comportamentos e escolhas no trânsito.

A mensagem é uma só:um acidente pode mudar o curso da vida de modo definitivo – e ela é contada pelos próprios jovens, seus pais e amigos, por meio de vídeos curtos, com duração média de menos de 1 minuto. Os depoimentos formam, então, um grande mural na internet, no qual cada imagem remete a uma história, dividida em 3 vídeos, que mostram a diferença entre a vida antes e depois do acidente.

A campanha dos franceses é uma ruptura com os discursos tradicionais de prevenção e está a anos-luz, praticamente no extremo oposto conceitual e estético, do universo abobalhado da mais recente campanha tupiniquim – a “Sou Legal no trânsito“.

O que temos aqui é apenas a expressão de uma incapacidade cultural, e também ideológica, em lidar com a violência do trânsito. É só uma caríssima obsessão pelo lúdico e pelo riso bobo. Os franceses, ao contrário, apresentam a face dolorosa, dura e, sobretudo, humana dessa violência.

A Mortel Scooter é uma celebração da inteligência e da sensibilidade – um presente de final de ano que ensina a romper o silêncio da educação para o trânsito sobre a violência e introduz a possibilidade de compreensão, de crítica, e de reflexão sobre o real – sem a qual, aliás, diminuem muito as chances de diálogo com os jovens. É preciso falar da violência, porque sem ela perde-se o contraponto real para a formação de uma atitude de autocuidado.

Está aí a lição dos franceses de como fazer isso com  arte e  humanismo.

Por último, antes que se convoquem os argumentos pseudo-pedagógicos usuais de que violência só provoca náusea e anodinia, mas nenhuma reflexão: eles conseguiram reduzir em   35 % as mortes de jovens motociclistas franceses entre 2007 e 2008.

O que alcançamos por aqui sendo “legais” no trânsito?

© Eduardo Biavati e biavati.wordpress.com, 2008/2013.

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Publicado por

biavati

Sociólogo, escritor, palestrante e consultor em segurança no trânsito, promoção de saúde e juventude.

12 comentários em “Asterix e sua Motoca. Lições gaulesas de como falar da violência no trânsito”

  1. Biavati! Mais uma vez sensato e objetivo.

    Concordo em gênero,número e grau!

    Quanto aos ciclomotores no ano passado, propus um projeto de lei para modificação do art.24 do CTB, passando a responsabilidade do registro para os Detrans.

    O que é muito óbvio! Porém, nem tudo que é óbvio é compreendido!

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  2. Caro, Dep. Hugo,

    Obrigado pelo comentário.
    As coisas óbvias demais têm esse problema – ninguém as vê. Confesso que eu mesmo não sabia que a situação do ciclomotor vivia nesse limbo da legislação… francamente eu ainda achava que menores de idade podiam pilotar um ciclomotor. Na prática, continuam podendo como no meu tempo (sou do tempo das mobiletes).

    O que ninguém parou para questionar é que 50 km/h é MUITA velocidade, é mais do que suficiente para matar o garotao feliz da vida com o brinquedo dado pelo paizão. Esse status legal “inofensivo” do ciclomotor é um equívoco gravíssimo.

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  3. Olá, Osias,

    60 milhões?

    Se somássemos os orçamentos realizados com educação para o trânsito e campanhas públicas, de TODOS os órgãos gestores, municipais e estaduais, em 2009, a que valor chegaríamos?

    A campanha do Ministério das Cidades (não sei se é uma campanha do DENATRAN) é bem realizada, na minha opinião. As peças da campanha (videos, cartazes, spots para rádio) e o próprio website são bem produzidos, ainda que não ultrapassem o convencional. É possível que tenha custado todos os milhões, ainda mais com um plano de divulgação de TV tão robusto (quase um trimestre ininterrupto).

    A campanha desenvolve o conceito a que se propõe e isso poderia custar muito ou pouco. O problema não é o custo; o problema é o CONCEITO desenvolvido pela campanha, é esse fechamento para a tematização da VIOLÊNCIA, essa aversão ao mundo real dos acidentes, das mortes e das lesões humanas.

    O conceito do “ser legal” é a síntese da boçalidade e da incapacidade de DIÁLOGO com a vida real das pessoas no trânsito. Quer uma prova disso? Leia TODOS os comentários dos cidadãos às 4 partes da campanha (motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas).

    Essa é uma novidade, temos que admitir: a campanha na internet incorpora os recursos mais atuais de interatividade. Essa é uma ferramenta poderosa e é impressionante como as pessoas usam, como elas precisam falar de suas vivências (horríveis) no cotidiano das ruas e rodovias, como o trânsito é um exercício de não-convivência, uma luta pela sobrevivência.

    Os comentários vão formando um painel de desabafo de um mundo REAL que jamais aparece na campanha chapa-branca porque essa campanha, é claro, não conversa com o mundo real. Eu vou escrever sobre isso em breve.

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  4. Eduardo, Osias e parceiras(os),

    Comecei a trabalhar com a questão da violência no trânsito em 1995.

    Por força das atividades que desenvolvia no Programa de Redução de Acidentes no Trânsito do Ministério dos Transportes, meu relacionamento cotidiano era com as vítimas e suas histórias. E essa experiência pessoal é que sedimentou a minha convicção de que para tratar a violência de hoje só com campanhas realistas.

    O romantismo até cabe nas salas de aula (crianças ainda, não adolescentes no limiar da tão sonhada CNH…) mas nunca nas campanhas nacionais de amplo alcance cujo foco não é exatamente a educação para o trânsito, mas sim a formação de uma consciência preventiva imediata, através de informações (textos, áudios e imagens) absolutamente realistas sobre o que de fato acontece nas ruas e estradas.

    Anodinia? Pessoalmente não acredito nessa possibilidade.

    Vamos ver se esse investimento de 60 milhões terá algum efeito nas (precárias) estatísticas das festas de natal e ano novo…

    Fernando

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  5. Olá, Fernando,

    É isso aí. Se procurássemos as famílias e os próprios sobreviventes, se pudessemos reuni-los no auditório do Hospital SARAH, ou qualquer outro centro de reabilitação, para saber como eles poderiam contribuir para proteger outros jovens e pais, eles diriam:

    CONTEM NOSSAS HISTÓRIAS. MOSTREM A REALIDADE. SOMOS A PROVA HUMANA DO QUE ESTÁ EM JOGO NO TRÂNSITO.

    É essa dimensão humana que sempre moveu meu diálogo com a garotada e, tenho certeza, o envolveu nesse campo do trânsito, desde os tempos do PARE. O que me incomoda é a anulação e o silêncio moralista disso tudo nessas campanhas públicas dos últimos tempos. Incomoda mais ainda porque, por 60 milhões… isso daria 20 milhões de euros? Quanto custou a campanha dos franceses? Vamos descobrir isso?

    Abraço,

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  6. Amigos,

    Lembro-me muito bem quando o meu falecido sogro Cylo Caldas Pinto contava a respeito de um avô em Vitória – ES, isto há mais de 50 anos atrás.

    Para fazer uma “bela surpresa” de Natal, presenteou o neto mais velho(aprox. 13 ou 14 anos) com uma Gulivette (é assim que se escreve?). No dia “D”, eis que o Papai Noel aparece com a máquina. O neto radiante, os olhinhos brilhando, pendura-se no pescoço do vô, beija-o e sai para a sua primeira e última aventura com a super máquina! No primeiro cruzamento o garoto foi colhido por um ónibus que, passando por cima de seu frágil corpo tirou-lhe a vida instantaneamente.

    O que deveria ter sido um “Natal” perfeito, transformou-se numa tragédia marcante para toda a família e poucos meses depois de profundo desgosto e sentimento de culpa, partia também o generoso vô.

    É muito triste saber que estamos andando para trás como caranguejos.
    Enquanto o primeiro mundo discute soluções para minimizar ainda mais as tragédias de trânsito, esta republiqueta mergulha de cabeça no mar da insensatez! Que país é este? Que governantes são estes que tem a coragem de afirmar de boca cheia que estão preprando um futuro melhor, o Brasil do futuro. Para quem? É justo que tantos jovens percam suas vidas de forma fútil, deixando de usufruir deste futuro tão prometido?

    Eu paguei e caro através dos impostos cobrados por este país e perdi meu querido filho Fabricio para a violência do trânsito.
    É revoltante ver a roubalheira generalizada nas diversas esferas mandatórias deste país, mas quando se fala em prevenção, redução de acidentes ou qualquer iniciativa em prol da preservação da vida, surgem as campanhas mais insólitas e minguadas. R$60 milhões!!!

    Quanto bilhões de dólares este analfabeto do Lula deve ter oferecido em Kopenhagen aos países pobres? Êle por acaso perguntou ao povo brasileiro se podia oferecer o dinheiro público? Por acaso por aqui não existe também prioridades? Que tal reservar um pouco mais do que os míseros R$60 milhões garantindo desta feita que menos brasileiros percam suas vidas na violência do trânsito!

    Olhem, eu estou aqui no meu trabalho na Petrobras, olhando para um bloco de Notas da Casa Brasil ( Jornal do Brasil ) que guardei comigo até hoje. Nele estão anotadas algumas afirmações do Exmo Sr. Ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, a saber enter outras:

    “Tenho uma informação para dar: Está garantida e aprovada pelo presidente Lula as seguintes verbas para Campanhas contínuas de Prevenção e educação no trânsito: aprox. R$ 250 milhões de Reais até Dez/2008 (este seminário ocorreu salvo engano em agosto/2008) e uma verba também garantida de R$ 434 milhões para o exercício de 2009. De que forma será gasta esta verba?

    Ano que vem teremos eleições e muito mais do que “trem bala”, estádios para a Copa do Mundo de futebol, linhas novas de Metro, nova rede hoteleira, etc…. e o que este povo precisa mesmo é continuar vivo e ver seus filhos crescerem com segurança e perto de suas familias usufruirem deste novo país e mesmo que venha a ser “do faz de conta” que permaneçam VIVOS. É isto que nós pais, queremos!!!!!!!

    Todos sabemos o montante de bilhões de reais gastos todos os anos com os acidentes de trânsito, algo já na casa dos R$40 bilhões de Reais. Este é o preço que o nosso governo prefere gastar para enterrar os nossos filhos, mas em contrapartida não investe R$1 bilhão sequer na Educação e prevenção!! Uma lástima!!

    Desculpem -me o desbafo, mas hoje em dia prefiro dizer que nasci no Rio de Janeiro, ao invés de dizer-me “carioca”, pois já tenho vergonha de ser carioca. Agora só falta envergonhar-me de ser cidadão brasileiro.

    Fernando Diniz, pai de Fabricio Pinto da Costa Diniz, falecido aos 20 anos em trágico acidente na Av. das Américas, Barra da Tijuca em 10 de março de 2003. Junto com Fabricio, mais duas jovens, Mariana e Juliane tiveram sua vidas ceifadas pela irresponsabilidade de uma direção inescrupulosa. Marcelo Henrique Negrão Kijak, o motorista infrator, foi indiciado por “triplo homicídio culposo”, lógico, sem intenção de matar!

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  7. Bom dia,

    Confesso que nesse corre corre eu parei para ler e refleti muito!

    Gostaria de receber mensagens e comentários como esse que acabo de ler. Realmente acho que é por aí… o Fernando está certíssimo!

    Agradeceria que conseguisse receber material sobre Educação para o Transito.

    Atenciosamente,

    Rejane Rosa – estudante de Psicologia

    Taquari-RS

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  8. Oi, Rejane,

    Bemvinda ao blog. Tenho escrito com alguma regularidade, quando há um assunto que valha a pena comentar, cruzando o que se faz lá fora com nossas experiências por aqui. Você pode se inscrever para receber por email os próximos posts do blog. Na barra direita há um campo em que você pode cadastrar um email para envio dessas notícias. Esse email é utilizado exclusivamente para isso. Enquanto não saem novidades, porém, visite o que já foi publicado nesse ano que está se encerrando.

    Obrigado pelo comentário. Participe sempre.
    Abraço

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  9. olá Eduardo,

    PRIMEIRAMENTE FELIZ ANO NOVO, MUITA PAZ E SAÚDE.

    Queria lhe dar os parabéns pelos brilhantes comentários, o da shineray então bela abordagem. Confesso que tenho pavor e ódio das shinerays” , aqui na minha cidade crianças pilotam essas máquinas mortais na rua como se a shineray fosse uma bicicleta e a rua fosse uma praça, mais absurdo ainda é o pai que entrega a um filho menor de idade uma dessas coisas”. Concordo em fazer campanhas como as do Detran, porém, é muito dinheiro e ainda pouco resultado!

    Espero ver mais das suas lições pois minha monografia será sobre educação de trânsito!

    atenciosamente,

    Alana Danielly

    estudande de Pedagogia- Universidade Federal de Sergipe

    ARACAJU-SE

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  10. Oi, Sérgio,

    Esse é um assunto antigo, mas raramente bem analisado. Existe muito lugar-comum e, principalmente, muita psicologia barata: a adrenalina, a competição, o impulso, o fascínio pela máquina, o poder, o mundo moderno, a internet, a fluidez das relações humanas e, se bobear, até o aquecimento global – TUDO justificaria essa vivência veloz do jovem no trânsito. Mas o que há de especificamente jovem nisso?

    Além do mais, eu acho uma bobagem falar sobre a velocidade. Qual é o problema da velocidade? Não é a velocidade que mata as pessoas. É isso que deve ser desvendado. Qual é a relação entre a velocidade e a gravidade das lesões? Qual é a relação entre a velocidade e a frenagem de um veículo? Qual é a relação entre a velocidade e a dinâmica estrutural de deformação do veículo? Tudo isso altera profundamente a compreensão da velocidade – ao invés de uma condenação ridícula da indústria automobilística ou de apelar para a obediência ainda mais ridícula ao Código de Trânsito, apresentam-se elementos objetivos, físicos, para a escolha da ação. Esse é o caminho para falar com o jovem.

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